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5 estratégias para ser ouvido (e respeitado) sem precisar de gritar

  • Foto do escritor: Ana Pimentel
    Ana Pimentel
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Comunicar bem é uma competência essencial - mas, por incrível que pareça, pouca gente a aprende formalmente. Na prática, muitos de nós acabamos a repetir padrões pouco eficazes, acreditando que o problema está nos outros (“ninguém me ouve!”) quando, na verdade, a forma como comunicamos faz toda a diferença no resultado.  Aqui vão 5 estratégias para ser ouvido.


Neste artigo, partilho 5 estratégias simples e práticas, ideais para quem quer melhorar as suas competências de comunicação, seja no trabalho, em casa ou noutra relação importante.



casal a comer e a sorrir


1. Não fale apenas: relacione-se

Falar não é suficiente. Comunicação eficaz acontece quando há entendimento mútuo. Ou seja, não basta transmitir a mensagem — é preciso garantir que foi recebida e compreendida. Se sente que fala mas “não chega ao outro lado”, é sinal de que algo precisa de mudar na dinâmica da relação, não apenas nas palavras.

Em vez de dizer: “Tu nunca me ouve!” (provavelmente, não vai ouvir mesmo)

Diga: “O que compreendeste do que eu disse?


Este tipo de pergunta transforma uma acusação numa oportunidade de diálogo. Permite clarificar, ajustar perceções e reforçar a ponte entre os interlocutores.


Dica prática: Observe os padrões habituais: quem interrompe quem? Quem fala mais? Quem não se sente ouvido? Ao identificar estas “danças”, pode começar a equilibrar a comunicação.


2. Mude a ação para mudar o resultado

É comum acreditar que primeiro temos de sentir algo diferente para agir de outra forma. Mas, na comunicação, muitas vezes acontece o contrário: ao agir de forma diferente, criamos espaço para sentir algo diferente. Ou seja, a mudança de comportamento pode anteceder (e até provocar) a mudança emocional.


Em vez de dizer: “Eu sou assim, não consigo mudar” (leia-se: “não estou disposto a tentar”)

Diga (e faça): “Hoje vou tentar ouvir até ao fim sem interromper. Não prometo milagres, mas vou esforçar-me.

Este pequeno compromisso consigo próprio/a pode ter grande impacto na qualidade da conversa. E, com o tempo, a prática transforma-se em hábito.


3. Prepare o terreno antes da conversa difícil

A forma como inicia uma conversa influencia diretamente o seu desfecho. Um começo agressivo ou vago pode gerar resistência ou defensiva; um início claro e aberto aumenta a disponibilidade para o diálogo. Criar o contexto certo é meio caminho andado para ser ouvido.


Em vez de dizer: “Precisamos de falar” (expressão que, convenhamos, mete medo)

Diga: “Queria partilhar algo contigo — quando seria um bom momento?

Ao perguntar, demonstra respeito pelo tempo e disponibilidade do outro. E cria um ambiente menos defensivo e mais colaborativo.


Dica prática: Isto aplica-se tanto a conversas profissionais como pessoais. Escolher o momento certo também faz parte de comunicar bem.


4. Estabeleça limites com clareza, não com imposição

Comunicar regras ou limites não implica ser autoritário. Clareza e consistência são mais eficazes do que tom agressivo ou ordens. Liderança comunicacional passa por transmitir mensagens de forma objetiva e respeitadora.


Em vez de dizer: “A partir de hoje, cada um lava o seu prato!”

Diga: “Eu preciso de ajuda: depois do jantar, cada um lava o seu prato. Combinado?

Ao explicar a regra e pedir acordo, está a envolver o outro na responsabilidade, em vez de criar oposição. Este tipo de comunicação fortalece a autoridade sem recorrer ao medo ou imposição.


5. Encare o conflito como parte natural da comunicação

Evitar o conflito não o elimina — apenas o adia ou disfarça. Em muitas situações, o desacordo faz parte do caminho para o entendimento. O importante é saber gerir o conflito sem fechar portas.


Em vez de dizer: “Esquece, não adianta falar contigo” (uma frase que fecha o diálogo)

Diga: “Não estamos a chegar a um acordo agora, mas quero continuar esta conversa. Preciso de um tempo, podemos retomar quando estivermos mais calmos?

Esta abordagem mostra respeito pela relação e abertura para continuar a procurar soluções. Aceitar o desconforto temporário pode ser essencial para alcançar um entendimento mais sólido.



Resumindo: comunicar bem é construir pontes, não levantar muros

A comunicação eficaz não acontece por acaso. Exige intenção, atenção e prática.

Da próxima vez que iniciar uma conversa importante, pergunte-se:

O que quero construir com esta conversa?

Se o objetivo for proximidade, entendimento ou respeito, já está a começar bem. Depois, escolha as palavras — e o tom — que ajudam a chegar lá.

Porque no fim, comunicar não é só falar: é criar uma ligação verdadeira.



Que outras estratégias para ser ouvido já usa?

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